domingo, 19 de outubro de 2008


Quem não tem namorado é alguém que tirou férias não remuneradas de si mesmo. Namorado é a mais difícil das conquistas. Difícil porque namorado de verdade é muito raro. Necessita de adivinhação, de pele, saliva, lágrima, nuvem, quindim, brisa ou filosofia. Paquera, gabiru, flerte, caso, transa, envolvimento, até paixão, é fácil. Mas namorado, mesmo, é muito difícil. Namorado não precisa ser o mais bonito, mas ser aquele a quem se quer proteger e quando se chega ao lado dele a gente treme, sua frio e quase desmaia pedindo proteção. A proteção não precisa ser parruda, decidida; ou bandoleira basta um olhar de compreensão ou mesmo de aflição. Quem não tem namorado é quem não tem amor é quem não sabe o gosto de namorar. Há quem não sabe o gosto de namorar. Se você tem três pretendentes, dois paqueras, um envolvimento e dois amantes; mesmo assim pode não ter nenhum namorado. Não tem namorado quem não sabe o gosto de chuva, cinema sessão das duas, medo do pai, sanduíche de padaria ou drible no trabalho. Não tem namorado quem transa sem carinho, quem se acaricia sem vontade de virar sorvete ou lagartixa e quem ama sem alegria. Não tem namorado quem faz pacto de amor apenas com a infelicidade. Namorar é fazer pactos com a felicidade ainda que rápida, escondida, fugidia ou impossível de durar. Não tem namorado quem não sabe o valor de mãos dadas; de carinho escondido na hora em que passa o filme; de flor catada no muro e entregue de repente; de poesia de Fernando Pessoa, Vinícius de Moraes ou Chico Buarque lida bem devagar; de gargalhada quando fala junto ou descobre meia rasgada; de ânsia enorme de viajar junto para a Escócia ou mesmo de metrô, bonde, nuvem, cavalo alado, tapete mágico ou foguete interplanetário.Não tem namorado quem não gosta de dormir agarrado, de fazer cesta abraçado, fazer compra junto. Não tem namorado quem não gosta de falar do próprio amor, nem de ficar horas e horas olhando o mistério do outro dentro dos olhos dele, abobalhados de alegria pela lucidez do amor. Não tem namorado quem não redescobre a criança própria e a do amado e sai com ela para parques, fliperamas, beira - d'água, show do Milton Nascimento, bosques enluarados, ruas de sonhos ou musical da Metro. Não tem namorado quem não tem música secreta com ele, quem não dedica livros, quem não recorta artigos; quem gosta sem curtir; quem curte sem aprofundar. Não tem namorado quem nunca sentiu o gosto de ser lembrado de repente no fim de semana, na madrugada, ou meio-dia do dia de sol em plena praia cheia de rivais. Não tem namorado quem ama sem se dedicar; quem namora sem brincar; quem vive cheio de obrigações; quem faz sexo sem esperar o outro ir junto com ele. Não tem namorado quem confunde solidão com ficar sozinho e em paz. Não tem namorado quem não fala sozinho, não ri de si mesmo e quem tem medo de ser afetivo. Se você não tem namorado porque não descobriu que o amor é alegre e você vive pesando duzentos quilos de grilos e medos, ponha a saia mais leve, aquela de chita e passeie de mãos dadas com o ar. Enfeite-se com margaridas e ternuras e escove a alma com leves fricções de esperança. De alma escovada e coração estouvado, saia do quintal de si mesmo e descubra o próprio jardim. Acorde com gosto de caqui e sorria lírios para quem passe debaixo de sua janela. Ponha intenções de quermesse em seus olhos e beba licor de contos de fada. Ande como se o chão estivesse repleto de sons de flauta e do céu descesse uma névoa de borboletas, cada qual trazendo uma pérola falante a dizer frases sutis e palavras de galanteria.
Se você não tem namorado é porque ainda não enlouqueceu aquele pouquinho necessário a fazer a vida parar e de repente parecer que faz sentido. ENLOU-CRESÇA.



Homenagem pro meu amado! 5 meses de namoro, perfeitos ao teu lado! (L)
Texto: Carlos Drummond de Andrade

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Oito de dezembro de 1980...


Conheci John em 1966, durante minha exposição artística em Londres. Toda a imprensa chocou-se ao ver ao lado dele não sua esposa Cynthia, no qual foi casado por cinco anos e teve um filho chamado Julian, mas sim eu, Yoko Ono. A nossa vida foi totalmente diferente. Casamos-nos em 20 de março de 1969 em Gibaltrar, perto da Espanha, e nossa cerimônia foi voltada a um programa publicitário a favor da paz. Meu marido fazia parte do grupo musical mais famoso do rock in roll, The Bealtles. Mas era ao meu lado, que a sua carreira solo, paralela ao grupo, se destacava cada vez mais. O ano do nosso casamento foi cheio de conquistas, onde John, fora eleito Homem da Década.

Nos anos de 70 a 73, John se destacava mais pela sua fase político-musical, mas o que não faltavam para nós eram sonhos e projetos para realizar. Mas no final do mesmo ano, ouve a separação. Nesta época, John parecia pouco se importar comigo e com o nosso casamento. Freqüentava as mais badaladas recepções, e sua vida resumiu-se em sexo, drogas e rock in roll. Mas em fevereiro de 1975, houve a reconciliação, e em outubro, Sean Taro Ono Lennon nasceu junto com os 35 anos de Lennon. Era tudo perfeito, tínhamos uma família, amigos, e ninguém poderia imaginar o que estava para acontecer.

A manhã de oito de dezembro de 1980 foi bastante tumultuada. Em meio a entrevistas e fotografias, John decidiu ligar para sua tia Mimi, com quem passou sua infância e o criou, comunicando a ela, que estaria de volta a Inglaterra em 1981. Por voltas das cinco horas da tarde, John e eu saíamos do Dakota para o estúdio, onde vários fãs o esperavam na porta. Um deles se aproximou e pediu um autógrafo. Um fotógrafo que estava ali fotografou a cena e o fã foi identificado como Mark David Chapman.

Ficamos no estúdio até as 10 horas da noite. Despedimos-nos e iríamos sair para jantar, mas John resolveu ir para casa. Retornamos ao Dakota, e como de costume a limusine nos deixava na portaria do prédio. John seguiu na minha frente, em direção a entrada quando de repente, aquele mesmo rapaz do autógrafo se dirigiu a ele e gritando: “Sr. Lennon! Sr. Lennon!”. Logo senti uma tontura, uma coisa estranha dentro de mim.

Quando meu marido vira-se para ver quem estava o chamando, é surpreendido com quatro tiros, e caí ali mesmo. John continua a se contorcer pedindo por ajuda. Eu não conseguia raciocinar e continuei paralisada. O porteiro e mais algumas pessoas que estavam ali também não entendiam o porquê daquilo. Quando voltei a si, me pus a gritar por socorro enquanto o porteiro acionava o alarme.

Com toda a força que ainda me restava, me aproximei do assassino: “Você sabe o que fez?”. Ele, olhando nos meus olhos friamente respondeu “Atirei em seu marido. Atirei em John Lennon”.

Quando o assassino acabou suas palavras, a vontade que eu tinha era de matá-lo, assim como ele fez com meu marido, meu John. Mas no mesmo instante a polícia aproximou-se dando voz de prisão ao porteiro. Eu, ainda desesperada e completamente desamparada, avisei aos mesmos que o verdadeiro assassino do meu marido estava na minha frente, sem sequer mostrar em seus olhos arrependimento. A polícia se aproxima e Mark Chapman, de 25 anos, se entrega imediatamente.

Temendo a demora pela ambulância, sugeri que os policiais pegassem John e o levassem rapidamente ao hospital. O policial Paul recolhe meu marido e o coloca no banco traseiro da viatura e saem as pessas para o St. Luke Roosevelt Hospital. Durante o trajeto, Paul em busca de manter John consciente, conversa com ele á caminho do hospital. E o policial foi à única pessoa a ouvir as últimas palavras de meu marido: “sinto dor!”.

Quando chegou ao hospital John foi atendido por uma enorme equipe de médicos, e encaminhado até a emergência. Eu cheguei logo depois ainda em estado de choque. E em minutos a imprensa já estava toda posicionada, com câmeras, microfones, filmadoras... “Mas o que vocês querem afinal? Noticiar para todo o mundo a trágica morte de um ser humano que buscava a paz para vocês?”, indaguei aterrorizada pela falta de educação de alguns repórteres.

Exatamente às onze e cinco da noite do dia oito de dezembro de 1980, em Nova York, meu mundo veio ao chão. Meu marido, meu John acabara de falecer. No dia seguinte, as manchetes de todos os jornais estampavam a matéria sobre a morte de John Lennon. Programas de televisão, autoridades e celebridades se pronunciavam chocadas com o fato.

Um jornal que circulava com manchetes do desastre, caracterizava o assassino Mark D. Chapman, como um rapaz fanático pelos Beatles e que saíra do Hawaí com apenas uma coisa em mente, matar John Lennon. Especialistas vieram ate mim, dizendo que ele sofria de distúrbios mentais, mas que isso não iria impedir Chapman á condenação de prisão perpétua.

Hoje, após 25 anos, eu e meu filho Sean ainda sofremos muito com a sua morte. Eu como acompanhante fiel em toda a sua carreira, até que pude, continuei colocando em prática todos os seus projetos e segui minha carreira artística. Hoje, o que me consola é ver o quanto meu John realmente fez história e carreira por onde passou.




A morte de
John Lennon, em um conto feito por mim.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

BLOG DE MURAL, uma grande idéia!


Os blogs são pessoais, exprimem idéias ou sentimentos do autor. Outros são resultados de um grupo de pessoas que se organizam para atualizar um mesmo blog. Alguns são voltados para diversão, outros para trabalho e existem até mesmo os que misturam todas as informações.

A maior vantagem de se ter um blog é permitir que os usuários publiquem seu conteúdo pela web e todos os outros internautas, possuindo ou não um blog, possam ver.

Durante a Semana da Comunicação na UNIVALI, os “blogueiros” poderão compartilhar suas idéias com o restante dos alunos da universidade. O acadêmico de Jornalismo, Joel Minusculi teve a idéia de organizar um Blog de Parede, onde os acadêmicos que possuem blog possam colocar suas postagens, de forma impressa, em um mural no corredor do bloco 11.

A iniciativa do Blog de Mural foi colocada em prática ainda no ano passado, quando a Univali bloqueou o acesso aos blogs nos laboratórios de informática, “foi um ato de reivindicação dos alunos”, disse Joel.

Existem vários sites que ajudam o usuário a criar um blog. Entre os sites brasileiros, estão o Weblogger, Blig, Pop Blog, Blog-se, Blogger.com. br e my1blog. Ao acessar qualquer um desses sites, o iniciante já recebe todo o apoio necessário através de dicas básicas de como montar seu Blog.

A princípio o Blog de Mural ficará à disposição dos alunos durante a Semana da Comunicação, como “uma forma de despertar a curiosidade e mostrar o mundo virtual para quem ainda não possui um Blog”, disse o acadêmico.



Foto Mayella Krause

Semana da Comunicação da Univali


Na última terça-feira, o Teatro Adelaide Konder, na Universidade do Vale do Itajaí – Univali - foi palco da abertura da Semana da Comunicação. O CAICOM, junto com os alunos, organizou o evento que há anos não era realizado na Universidade.

A abertura ocorreu às 7h, e contou com a presença dos alunos da Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Relações Públicas, além de professores dos cursos e demais acadêmicos da Univali.

Em seu discurso, Ricardo Aoki, presidente do CAICOM, explicou a importância da Semana da Comunicação para os acadêmicos e lembrou também que o curso de Comunicação Social - Jornalismo, na Univali é o maior do Estado de Santa Catarina. Ricardo parabenizou a colaboração dos acadêmicos, que trabalharam junto com o CAICOM para a realização do evento, “essa noite é o resultado de vários meses de árduo trabalho”, disse o acadêmico.

Durante a Semana da Comunicação, haverá mostra de filmes, mini-cursos e palestras que acontecem na quarta e quinta-feira, pelo período da manhã e pelo período da noite.

A palestra que abriu oficialmente a Semana da Comunicação na Univali, discutiu a Ética na Comunicação Social. O jornalista e professor da UFSC, Dr. Francisco José Castilhos Karan, parabenizou o CAICOM pela organização do evento. Após o término da palestra, ocorreu um debate e juntamente com Karan, o professor de Comunicação da Univali, Dr. Rogério Cristofoletti responderam as perguntas dos acadêmicos.

A semana da Comunicação começou na segunda-feira (29) e vai até o dia 03 de outubro.


Foto Felipe Costa

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

A dor e a delícia de ser... só!

A parte boa de morar sozinha é quase óbvia: chegar em casa depois de um dia chato de trabalho e não precisar ser simpática com ninguém, poder dar festinhas das mais “clube da luluzinha” as mais íntimas, dormir até a hora que quiser, ser dona de um banheiro exclusivo (aliás, de uma casa inteira exclusiva), encontrar as coisas onde deixou, botar um adesivo de borboleta roxa no meio do quarto sem ninguém encher o saco, ter uma foto do Nelson Rodrigues, uma do Seu Madruga e uma do Dali convivendo pacificamente na sala sem ninguém te achar esquizofrênica...a lista é infinita.

Já a parte chata é bem mais curta, simples, direta e realmente muito chata: não poder delegar coisas. Como eu queria berrar “agora é a sua vez de descer para pegar a pizza”. Ou pedir um copo com água depois que já estou quentinha embaixo das cobertas.
Queria também, muito, ter para quem delegar funções nada femininas como arrumar o varal que despencou, trocar a pilha do aquecedor de água (que já me estragou o esmalte umas duzentas vezes), subir com o galão de água pelas escadas no dia que o elevador pifou, receber os tios “cara de que nunca viram mulher” da instalação do fogão. Essas coisas.

Mas não tem. Simplesmente não tem quem chamar. Quando acaba a luz, lá vou eu no escuro e morrendo de medo achar uma vela. Quando as compras estão muito pesadas eu tenho que escolher entre carregar as compras ou carregar as compras, acabo adquirindo uma força que nem eu sabia que tinha. Quando a vizinha resolve escutar Bossa Nova remixada (tem coisa mais brega?) bêbada, às 3 da manhã, e ligar para o namorado e berrar pela trigésima vez “você estragou tuuuuuuuudo” também sou eu, sozinha, que bato na casa do zelador pra dizer que ela vive estragando meu sono, que é tuuuuuuuudo pra mim. Tem horas que eu pagaria feliz o dobro do meu aluguel só pra ter alguém que fizesse tudo isso por mim. Mas acho que ninguém gostaria de fazer um estágio de mãe na minha casa. Ou gostaria?

Hoje faz exatamente um ano que saí da casa dos meus pais, onde eu tinha todo o conforto, espaço e paparicações do mundo, e me mudei para meu ap de 55 metros quadrados com vizinhos loucos que martelam durante a manhã e escutam bate estaca durante a noite, chuveiro que esquenta-esfria e eletroeletrônicos que apitam, estralam, dão choque e até andam sozinhos.
Mas olhando para a minha casinha com todas as coisas que eu mais adoro no mundo (músicas, livros, filmes, pôsteres, revistas, cremes, roupas, silêncios, velas, objetos que trouxe de viagens, fotos...) eu penso que carregar sozinha o peso das compras e da vida valem muito a pena. Acho que acabei ganhando alguns músculos necessários para ser uma mulher de verdade. Aqueles que ninguém ganha na academia da moda.




Esse texto diz mais ou menos o que eu passo, mas não há um ano como a autora, mas sim há quatro anos!

Texto de Tati Bernardi

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Pra que se vive?


Sempre me perguntei pra que se vive, afinal. Quando eu era criança achava que eu vivia porque assim meus pais queriam. Me colocaram no mundo, me deram de comer, me compraram arquinhos de cabelo que combinavam com o vestidinho. Me entucharam de brinquedos e de alertas. O mínimo que eu podia fazer por eles era seguir respirando, acordando, passando fio dental, indo ao banheiro pelo menos depois de comer ameixa.

Depois, quando eu era adolescente, achei que a gente vivia para gostar de alguém. Se tivesse ao menos um garoto bonitinho na escola, valia a pena acordar cedo. Se tivesse ao menos um garoto bonitinho no inglês, valia a pena abrir mão da sonequinha da tarde. Se tivesse ao menos um garoto bonitinho irmão de uma amiga, valia a pena encher o saco da minha mãe para dormir na casa da amiga. Só podia ser isso! Ou se vive pra estudar matemática? Geografia? Comer legumes? Não podia ser. A única coisa que podia ser, era viver pra sentir o coração disparar por qualquer garotinho bonitinho. De preferência um que tivesse sardinhas no rosto ou furinho no queixo.

No final da adolescência, eu comecei a achar que se vivia pra ser alguém. Entrar na faculdade. Arrumar um emprego. Ser alguém. Fiz tudo isso. Entrei na faculdade. Arrumei 456 empregos os quais larguei 456 vezes. E nesse tempo todo fui vários “alguém” e nenhum alguém 456 vezes. Porque ser alguém não tem nada a ver com essa vontade desesperada de ser alguém. E continuei sem saber afinal para o que se vive. Porque a faculdade e o deslumbre com os primeiros dias de trabalho são espaços curtos demais para uma vida inteira. Não se vive exclusivamente pra isso. Não se vive pra pegar trânsito, ter um chefe que tira uma vírgula sua e coloca em outro lugar só pra mostrar que é seu chefe. Não se vive pra bater cartão e pagar self-service com Visa Vale. Definitivamente não se vive pra isso. E lá ia eu pedir demissão pra tentar descobrir pra que se vive. Será que para salvar as criancinhas, o planeta, os animaizinhos, os aposentados, as árvores, as praias, as formigas? Não, não se vive pra mudar o mundo, o bairro, meu quarto. Porque a gente não muda nem o jeito de escovar os dentes. Essa é a verdade.

Daí achei que vivemos para fazer o que gostamos e ponto final. Como se fosse uma missão para a qual Deus nos enviou. E a minha era escrever, escrever, escrever. Programas de TV, colunas em revistas, novelas, livros, filmes. Tudo. Eu vivia para ter sucesso nisso. E então vim trabalhar em casa e mergulhei nisso da maneira desajeitada de sempre. Mas descobri que comer a Gisele Bundchen numa ilha deserta é o mesmo que punheta. Que graça tem lançar um livro se você não tem amigos pra ligar e falar “porra, cara, vou lançar um livro!”. Nenhuma.

Aí achei então que se vive para as pessoas. Se você tem dez pessoas de quem gosta muito, taí um motivo para se viver. E eu gostava mais ou menos disso: de dez pessoas. E vivia para isso. Para no final do dia tomar um vinho com uma dessas pessoas e brindar o mistério que é não saber pra que se vive. E eu e minhas dez pessoas viveríamos bem até os últimos dias...Mas não é bem assim que funciona, vocês sabem. As pessoas casam, mudam de pais, resolvem ficar chatas, resolvem te achar chata, resolvem não beber mais vinho. Infelizmente não se vive para as pessoas. E quanto mais os anos passam mais você descobre que as mil pessoas maravilhosas viram cem que viram dez que viram duas. E essas duas são insuportáveis, mas são as que sobraram. E você intercala as duas pra não se irritar em dobro.

Ahhh tudo é tão chato, não é mesmo? Foi então que descobri que talvez se viva para dormir. Comprei uma cama gostosa, colchão bom, enchi de almofadas, colei borboletas na parede. Minha casa não tem telefone. Dormir, dormir, dormir. Para nunca mais pensar pra que se vive. E quem disse que dá certo? Eu sonhava toda noite que percorria o mundo atrás da mesma pergunta. E sonhava com velhos sábios, meus coleguinhas do primário, minha professora de yoga, meu 456 ex namorados (definitivamente não se vive para nenhum deles, até porque se você faz isso, eles saem correndo rapidinho), meu avô, um rato morto, um assaltante, a novela das oito, sei lá. Eu percorria o mundo atrás da resposta. E acordava cansada e com mais sono. Esse negocio de dormir não resolve o problema de ninguém.

Aí um dia, depois de uma dessas noites de correr o cérebro, acordei com uma idéia fixa: nascemos pra gerar vida! Sim, eu precisava ser mãe. E fiquei obcecada pela idéia. Eu, um ser com a conta vermelha, sem papel higiênico e sem namorado, louca pra ser mãe. Mas não foi isso que minha mãe fez comigo? Achou que a razão da sua vida era ser mãe...bom, ela não é das pessoas mais felizes do mundo e eu não sou das pessoas mais bem resolvidas do mundo por ser o centro da vida dela. Não, não se vive para ser mãe. É lindo ser mãe, mas não pode ser a única coisa da vida de um ser.

E segui procurando. Talvez a gente viva pra conhecer o mundo, pra andar numa motoquinha em Paris, pra ouvir todas as músicas lindas, pra ler todos os livros bons, pra fazer sexo com amor, pra sair dando pra meio mundo, pra pagar os pecados, pra dançar, pra quebrar o pau com todo mundo, pra ser superficial ou leve e adorar todo mundo como se fosse possível viver em paz aceitando todos e sendo aceita. Pra malhar a bunda, pra chorar num concerto no Teatro Municipal, pra comer um doce, pra ver o Wagner Moura com aquela cara de macho, pra assistir “Love in the Afternoon” do Billy Wilder, pra levar a Lolita no dentista de cachorros, pra olhar ele pela última vez que nunca é a última vez e chorar pela última vez que nunca é a última vez. Tudo isso? Nada disso? E segui procurando.

Então pra que? Pra quem? Por que? Por que acordo todos os dias? Se eu sinto prazer em escrever é para que alguém leia. Alguém que certamente vai me magoar um dia. E vai embora. Se eu ganho dinheiro é para comprar coisas que um dia vão acabar. Se eu rezo é para ter uma paz que daqui a pouco vai embora. Tudo vai embora. Todos vão embora. Se tudo acaba, então, meu Deus, pra que se vive? Pra que?

E nessa de tanto perguntar, não é que descobri! Eu acho, de verdade, do fundo da minha alma, que se vive única e exclusivamente para se viver.



( Tati Bernardi )

quarta-feira, 11 de junho de 2008

35 anos para ser feliz


Martha Medeiros


Uma notinha instigante na Zero Hora de 30/09: foi realizado em Madri o Primeiro Congresso Internacional da Felicidade, e a conclusão dos congressistas foi que a felicidade só é alcançada depois dos 35 anos. Quem participou desse encontro? Psicólogos, sociólogos, artistas de circo? Não sei. Mas gostei do resultado.

A maioria das pessoas, quando são questionadas sobre o assunto, dizem: "Não existe felicidade, existem apenas momentos felizes". É o que eu pensava quando habitava a caverna dos 17 anos, para onde não voltaria nem puxada pelos cabelos. Era angústia, solidão, impasses e incertezas pra tudo quanto era lado, minimizados por um garden party de vez em quando, um campeonato de tênis, um feriadão em Garopaba. Os tais momentos felizes.

Adolescente é buzinado dia e noite: tem que estudar para o vestibular, aprender inglês, usar camisinha, dizer não às drogas, não beber quando dirigir, dar satisfação aos pais, ler livros que não quer e administrar dezenas de paixões fulminantes e rompimentos. Não tem grana para ter o próprio canto, costuma deprimir-se de segunda a sexta e só se diverte aos sábados, em locais onde sempre tem fila. É o apocalipse. Felicidade, onde está você? Aqui, na casa dos 30 e sua vizinhança.

Está certo que surgem umas ruguinhas, umas mechas brancas e a barriga salienta-se, mas é um preço justo para o que se ganha em troca. Pense bem: depois dos 30, você paga do próprio bolso o que come e o que veste. Vira-se no inglês, no francês, no italiano e no iídiche, e ai de quem rir do seu sotaque. Não tenta mais o suicídio quando um amor não dá certo, enjoou do cheiro da maconha, apaixonou-se por literatura, trocou sua mochila por uma Samsonite e não precisa da autorização de ninguém para assistir ao canal da Playboy. Talvez não tenha se tornado o bam-bam-bam que sonhou um dia, mas reconhece o rosto que vê no espelho, sabe de quem se trata e simpatiza com o cara.

Depois que cumprimos as missões impostas no berço — ter uma profissão, casar e procriar — passamos a ser livres, a escrever nossa própria história, a valorizar nossas qualidades e ter um certo carinho por nossos defeitos. Somos os titulares de nossas decisões. A juventude faz bem para a pele, mas nunca salvou ninguém de ser careta. A maturidade, sim, permite uma certa loucura. Depois dos 35, conforme descobriram os participantes daquele congresso curioso, estamos mais aptos a dizer que infelicidade não existe, o que existe são momentos infelizes. Sai bem mais em conta.

Outubro de 1998


quarta-feira, 4 de junho de 2008

Nunca acreditei muito em signos, zodíaco e coisa e tal. Mas essa definição sobre meu signo - touro - feita por Christian Pior é um tanto quanto inusitada!

Touro


Meus quatro melhores amigos são taurinos. Então posso dizer que conheço a raça. E que raça! E são amigos de longa data. Como são as amizades taurinas. Sólidas. A primeira coisa que me vem a cabeça é o egoísmo. O Touro é muito egoísta. Só consegue ver as coisas sob o seu ponto de vista. E pronto! Ele está certo, sua opinião tem mais peso. E o pior é que não costuma mudar de idéia. O bom do Touro é que ele sempre tem um 'dinheirinho'. Sempre. E se ele empresta ou te dá algum, colega, é porque ele gosta muito, mas muito de você. Porque se tem uma coisa que o touro defende é o seu dinheiro. Coincidentemente, todas as minhas viagem internacionais (menos Ibiza, lógico), foram bancadas por dinheiro taurino. Mas paguei tudo, viu? Até porque se que não pagasse, eles cobrariam. Touro ama prazeres: sexo,comida e dinheiro. Um taurino sem sexo fica amargo. Um taurino sem dinheiro fica mau humorado. E um taurino sem jantar quebra a casa toda. Mas é mais que isto. Seu dinheiro tem que significar contas pagas, e algum investido. Ele adora ligar nos banklines da vida, para ver o quanto tem, o quanto rendeu,o quanto sobrou. Ama cheirar notas novinhas. Não confia muito em débitos automáticos. Bom, nem eu. O sexo do taurino não pode ser qualquer sexo. Não gosta de 'rapidinhas'. Este papo de 'ali na escada de incêndio ' ou 'vamos atrás da moita' ele não gosta. Gosta do sexo lento, em cama boa, sem demora, e ama sexo oral. E cuidado com o beijo taurino. Apaixona, hein! Ele ama comida decente. Não venha com sanduiches, Big Macs e tang uva. Ele quer arroz, carne, feijão, mistura, salada, sobremesa, talher, suco, aperitivo, bebidinha. O Touro também é ciumento demais. E odeia ser ciumento. E sua vontade de não ter ciume é engraçada, porque transparece. E odeia perder as coisas. O casamento pode estar ruim, ele vai demorar para abandonar, se abandonar. Então, se você for amante dele, sempre será a amante. Mesmo ele te amando mais que a oficial.
Mas o legal é que ele costuma ter a oficial e a esposa. Não galinha por aí. Tem preguiça de caçar. Que bom, né? O complicado é que o planeta que o rege é Vênus. Então se o taurino nao for lindo é no mínimo sexy e se não for bonito, é rico, o que para muitas mulheres é o mesmo que bonito. A mulher taurina é muito, mas muito feminina. Mas é firme e teimosa. Sempre trabalha muito, adora a boa vida e trabalha muito para isto, porque ama o conforto. Se tive uma taurina morando em uma pensão com mais oito no quarto, a cama dela no beliche vai ser a de lençol mais limpo, sua toalha será a menos encardida e seu sabonete o mais cheiroso. A taurina ama namorar, mas como pensa em relação sólida, escolhe bem e avalia se o moço tem futuro na repartição em que trabalha. Se a taurina namorar um desempregado é porque caiu nas mãos de um sagitariano safado e bom de cama, ou de um leonino xavequeiro que sabe falar baboseiras a luz do luar e da poluição ou de um pisciano com olhar distante e mãos espertas. Mas mesmo assim, ela sempre terá um trocado na manga. E na barra também. Se você conhecer um taurino negativo, cuidado. Ele vai te massacrar. E o pior, nem vai se comover. Lembra-se? Ele é um egoísta. Quer feri-lo? Fique mais rico ou rica que ele. Viu como é dificil atingi-los? Ah, grandes gigolôs e cafetinas são de Touro. É sério! Só perdem para o povo de Peixes. Ah, taurinos não acreditam muito em signos. São mais 'pés no chão'. E que pés eles tem...

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Arnaldo Jabor X MSN´s


Sempre odiei o que a maioria das pessoas fazem com os seus MSN's.
Não estou falando desta vez dos emoticons insuportáveis que transformaram a leitura em um jogo de decodificação, mas as declarações de amor, saudades, empolgação traduzidas através do nick.

O espaço 'nome' foi criado pela Microsoft para que você digite O NOME que lhe foi dado no batismo. Assim seus amigos aparecem de forma ordenada e você não tem que ficar clicando em cima dos mesmos pra descobrir que 'Vendo Abadá do Chiclete e Ivete' é na verdade Tiago Carvalho, ou 'Ainda te amo Pedro Henrique' é o MSN de Marcela Cordeiro. Mas a melhor parte da brincadeira é que normalmente o nick diz muito sobre o estado de espírito e perfil da pessoa. Portanto, toda vez que você encontrar um nick desses por aí, pare para analisar que você já saberá tudo sobre a pessoa...

'A-M-I-G-A-S o fim de semana foi perfeito!!!' acabou de entrar. Essa com certeza, assim como as amigas piriguetes (perigosas), terminou o namoro e está encalhadona. Uma semana antes estava com o nick 'O fim de semana promete'. Quer mostrar pro ex e pros peguetes (perigosos) que tem vida própria, mas a única coisa que fez no fim de semana foi encher o rabo de Balalaika, Baikal e Velho Barreiro e beijar umas bocas repetidas.
O pior é que você conhece o casal e está no meio desse 'tiroteio', já que o ex dela é também conhecido seu, entra com o nick 'Hoje tem mais balada!', tentando impressionar seus amigos e amigas e as novas presas de sua mira, de que sua vida está mais do que movimentada, além de tentar fazer raiva na ex.

'Polly em NY' acabou de entrar. Essa com certeza quer que todos saibam que ela está em uma viagem bacana. Tanto que em breve colocará uma foto da 5ª Avenida no Orkut com a legenda 'Eu em Nova York'. Por que ninguém bota no Orkut foto de uma viagem feita a Praia-Grande - SP ?

'Quando Deus te desenhou ele tava namorando' acabou de entrar. Essa pessoa provavelmente não tem nenhuma criatividade, gosto musical e interesse por cultura. Só ouve o que está na moda e mais tocada nas paradas de sucesso. Normalmente coloca trechos como 'Diga que valeuuu' ou 'O Asa Arreia' na época do carnaval.

Por que a vida faz isso comigo?' acabou de entrar. Quando essa pessoa entrar bloqueie imediatamente. Está depressiva porque tomou um pé na bund.a e irá te chamar pra ficar falando sobre o ex.

' Maria Paula ocupada prá c** ' acabou de entrar. Se está ocupada prá c**, por que entrou cara-pálida? Sempre que vir uma pessoa dessas entrar, puxe papo só pra resenhar; ela não vai resistir à janelinha azul piscando na telinha e vai mandar o trabalho pro espaço. Com certeza.

'Paulão, quero você acima de tudo' acabou de entrar. Se ama compre um apartamento e vá morar com ele. Uma dica: Mulher adora disputar com as amigas. Quanto mais você mostrar que o tal do Paulão é tudo de bom, maiores são as chances de você ter o olho furado pelas sua amigas piriguetes (perigosas).

'Marizinha no banho' acabou de entrar. Essa não consegue mais desgrudar do MSN. Até quando vai beber água troca seu nick para 'Marizinha bebendo água'. Ganhou do pai um laptop pra usar enquanto estiver no banheiro, mas nunca tem coragem de colocar o nick 'Marizinha matriculando o moleque na natação'.

' < . ººº< . ººº< / @ || e $ $ ! || |-| @ >ªªª . >ªªª >' acabou de entrar. Essa aí acha que seu nome é o Código da Vinci pronto a ser decodificado. Cuidado ao conversar: ela pode dizer 'q vc eh mtu déixxx, q gosta di vc mtuXXX, ti mandá um bjuXX'.

'Galinha que persegue pato morre afogada' acabou de entrar. Essa ai tomou um zig e está doida pra dar uma coça na piriguete que tá dando em cima do seu ex. Quando está de bem com a vida, costuma usar outros nicks-provérbios de Dalai Lama, Lair de Souza e cia.

'VENDO ingressos para a Chopada, Camarote Vivo Festival de Verão, ABADÁ DO EVA, Bonfim Light, bate-volta da vaquejada de Serrinha e LP' acabou de entrar. Essa pessoa está desesperada pra ganhar um dinheiro extra e acha que a janelinha de 200 x 115 pixels que sobe no meu computador é espaço publicitário.

'Me pegue pelos cabelos, sinta meu cheiro, me jogue pelo ar, me leve pro seu banheiro...' acabou de entrar. Sempre usa um provérbio, trecho de música ou nick sedutores. Adora usar trechos de funk ou pagode com duplo sentido. Está há 6 meses sem dar um tapa na macaca e está doida prá arrumar alguém pra fazer o serviço.
'Danny Bananinha' acabou de entrar. Quer de qualquer jeito emplacar um apelido para si própria, mas todos insistem em lhe chamar de Melecão, sua alcunha de escola. Adora se comparar a celebridades gostosas, botar fotos tiradas por si mesma no espelho com os peitos saindo da blusa rosa. Quer ser famosa. Mas não chegará nem a figurante do Linha Direta.

Bom é isso, se quiserem escrever alguma mensagem, declaração ou qualquer coisa do tipo, tem o campo certo em opções 'digitem uma mensagem pessoal para que seus contatos a vejam' ou melhor, fica bem embaixo do campo do nome!!
Vamos facilitar!!!!


terça-feira, 15 de abril de 2008

Crônica de amor, por Arnaldo Jabor

Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos, simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes batendo a porta.

O amor não é chegado a fazer contas, não obedece à razão. O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem e é fã do Caetano. Isso são só referenciais.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam, pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Você ama aquela petulante. Você escreveu dúzias de cartas que ela não respondeu, você deu flores que ela deixou a seco.

Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia a sol, você abomina Natal e ela detesta o Ano Novo, nem no
ódio vocês combinam. Então?

Então, que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado, o beijo dela é mais viciante do que LSD, você adora brigar com ela e ela adora implicar com você. Isso tem nome.

Você ama aquele cafajeste. Ele diz que vai e não liga, ele veste o primeiro trapo que encontra no armário. Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro, e é meio galinha. Ele não tem a
menor vocação para príncipe encantado e ainda assim você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca na sua nuca, você derrete feito manteiga. Ele toca gaita na boca, adora animais e escreve poemas. Por que você ama
este cara?

Não pergunte pra mim; você é inteligente. Lê livros, revistas, jornais. Gosta dos filmes dos irmãos Coen e do Robert Altman, mas sabe que uma boa comédia romântica também tem seu valor.

É bonita. Seu cabelo nasceu para ser sacudido num comercial de xampu e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente, emprego fixo, bom saldo no banco. Gosta de viajar, de música, tem loucura
por computador e seu fettucine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor, não pega no pé de ninguém e adora sexo. Com um currículo desse, criatura, por que está sem um amor?

Ah, o amor, essa raposa. Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática: eu linda + você inteligente = dois apaixonados.

Não funciona assim.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC. Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos têm às pencas, bons motoristas e bons pais de família, tá assim, ó!

Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é! Pense nisso. Pedir é a maneira mais eficaz de merecer. É a contingência maior de quem precisa.

terça-feira, 25 de março de 2008

Final do BBBobagem hoje a noite!


E chega ao fim mais uma edição do Big Brother Brasil! Mais um show de horrores sobre a vida e a intimidade das pessoas. Nunca escondi de ninguém meu desinteresse pelo programa, mas não descarto a possibilidade de assistir a grande final hoje a noite. Durante o reality show acompanhei algumas vezes, de relance, e cá entre nós, uma baixaria. Pessoas estranhas, outras escandalosas, outras que se dizem "filósofos da vida", outras quietas de mais já outras estravagantes ao extremo.

Milhões de pessoas param todas as noites, para acompanhar o "jogo", umas dizem até se emocionar com o sofrimento dos participantes. Meu Deus, eu até acompanhava o BBB nas edições anteriores, em meio a beldades haviam os que realmente precisavam do prêmio, como por exemplo na edição onde a Cida, ganhou a bolada. Mas se formos analisar esse ano, quem precisa realmente ganhar ali? Ha ha ha na minha opinião, ninguém! Todos muito bem cuidados, com suas vidas feitas... Modelos, atrizes, muitos "comediantes", médico... Enfim, não escondo meu voto pelo Rafinha, que no meu ver foi o único que se manteve sempre o mesmo! Não que ele nunca tenha pisado na bola, e como pisou! Mas dos males o menor! Então Rafinha, vamos lá ganhar essa grana!

A Gisely não merece! Quem acompanhou os programas de fofocas sabe o porquê. Ontem passando os canais da minha televisão, acabei parando no programa da Luciana Gimenez na RedeTV - sim, me envergonho mas foi por uma boa causa - O ex super gato namorado dela estava lá, como um "cachorrinho" emplorando mais uma chance com a "ex estrela internaiconal"? É óbvio que o BBB vai fazer com que ele esteja na platéia hoje a noite esperando a amada sair, e vai rolar aquele barraco, você vai perder? Eu como todo o brasileiro que não perde um estarei esperando pra conferir, bem como os maravilhosos discursos que o Bial faz a cada eliminação.

Não como uma fã do programa, mas como uma telespectadora casual!