sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Itajaí-mirim
Parceria ajuda a recuperar mata ciliar

Rio Itajaí-mirim teve sua margem danificada com a enchente de setembro e agora está sendo recuperada, novamente

Itajaí – Uma parceria entre o Viveiro Fazenda Nativa, o Semasa e acadêmicos do curso de Engenharia Ambiental da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) está ajudando na preservação das margens do leito do rio Itajaí-mirim. O local, que já havia sido recuperado no ano passado, foi um dos mais atingidos pela enchente de setembro último e teve a mata ciliar devastada pela correnteza da água. Para recuperar o local e proporcional a preservação do leito, somente o plantio de novas árvores na sua margem, atividade que iniciou no último sábado quando colaboradores do Viveiro, do Semasa e acadêmicos voluntários estiveram reunidos para um dia de plantio. A ação durou todo o dia e levou cerca de 70 pessoas até a “Comunidade Japonesa”, próximo a barragem do Semasa, localidade onde as árvores estão sendo plantadas.
Munidos de enxadas, pás, cavadeiras e boa vontade, eles plantaram cerca de 100 mudas de espécies nativas da Mata Atlântica, todas cultivadas no Viveiro Fazenda Nativa e que têm função específica de manter a preservação de áreas de preservação permanente. Segundo um dos organizadores, Thiago Braggamini, o movimento serve como incentivo. “Queremos despertar a consciência das pessoas para o cultivo de plantas e a não destruição das mesmas”, comenta.

MATA CILIAR
Mata ciliar é a formação vegetal localizada nas margens dos nos, córregos, lagos, represas e nascentes. Considerada pelo Código Florestal Federal como "área de preservação permanente", com diversas funções ambientais, devendo respeitar uma extensão específica de acordo com a largura do rio, lago, represa ou nascente.

PREJUÍZO
A ausência da mata ciliar faz com que a água da chuva escoe sobre a superfície, não permitindo sua infiltração e armazenamento no lençol freático. Com isso, reduzem-se as nascentes, os córregos, os rios e os riachos. A mata ciliar também é uma proteção natural contra o assoreamento, que é o caso do leito do rio Itajaí-mirim. Sem ela, a erosão das margens leva terra para dentro do rio, tornando-o barrento e dificultando a entrada da luz solar, o que prejudica a captação de água para tratamento.




FOTO: FABIELI KEHL/DDC
Legenda: VOLUNTÁRIOS Cerca de 100 pessoas participaram do plantio de árvores

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